Em nossa sociedade temos variedade de religiões e cada vez mais se multiplicam as comunidades religiosas de diversas naturezas. Aprender a conviver com todas é um desafio e uma necessidade. A intolerância não ajuda à convivência harmoniosa, respeitadora e valorizadora dos dons de umas e outras. Há muitas pessoas e muitos grupos religiosos que sabem conviver com as diferenças de modo positivo e civilizado. É muito importante saber valorizar as atitudes e as virtudes dos outros. Mostramos os nossos valores e convicções de fé como contribuição de propostas para a promoção da vida com ética e respeito à vida digna de cada ser humano. A religião deve ser uma contribuição harmoniosa de convivência que produza o bem de todos, com respeito à cultura de cada pessoa e grupo étnico e religioso. O ecumenismo se dá com o respeito, o diálogo e a valorização das diversas pessoas de comunidades religiosas de denominação cristã. Seu valor se baseia na própria vontade de Jesus. Ele pede ao Pai pela unidade de seus discípulos (Cf. Jo 17,21). As realidades que nos unem são maiores e mais forte do que as diferenças: o amor que Jesus nos ensina a ter mesmo aos inimigos, a Palavra de Deus, o batismo, a fé... Mesmo quando o outro não quer o diálogo ou infelizmente nos agride, desobedecendo o mandamento do amor, temos que amá-lo. Não podemos usar agressão e o mesmo método do agressor. Devemos, assim mesmo, amá-lo. Desse modo até um dia poderão sentir vergonha de ter feito isso conosco! Somos chamados ao diálogo, ao conhecimento do outro e à valorização de suas virtudes. Devemos testemunhar nossa fé e, por causa dela, fazer o bem ao outro. Jamais podemos agredir o outro. Não podemos responder à agressão com agressão e sim pagar o mal com o bem. Ecumenismo não é sincretismo nem relativismo, mas testemunho de fé com amor ao outro por causa de Deus. O diálogo ecumênico nos faz até orar juntos. Temos todo ano a Semana de Oração pela unidade dos cristãos. Fazemos Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, como será a de 2010... O diálogo interreligioso é o diálogo e a manifestação de fraternidade com pessoas e instituições de outras religiões não cristãs. Indicamos, assim, que vemos valores humanos, éticos e religiosos nelas, como também, em base à nossa fé, procuramos fazer o bem a todos e trabalhamos juntos em projetos e ações de promoção do bem comum. Temos comissões de diálogo entre católicos e judeus, católicos e islâmicos, católicos e religiões afro. As diferenças não podem nos colocar como inimigos e sim como pessoas humanas com culturas e religiões diferentes, com seus valores e suas propostas. Se temos discordâncias temos também valores em comum. Naquilo que não concordamos devemos dialogar e manifestar de modo civilizado nosso ponto de vista e nossas convicções sem agredir os outros. Dom José Alberto Moura, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso da CNBB | ||
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quinta-feira, 13 de maio de 2010
Ecumenismo e Diálogo
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